O absurdo e a Graça

Na vida hoje caminhamos entre uma fome que condena ao sofrimento uma enorme parcela da humanidade e uma tecnologia moderníssima que garante um padrão de conforto e bem estar nunca antes imaginado. Um bilhão de seres humanos estão abaixo da linha da pobreza, na mais absoluta miséria, passam FOME ! Com a tecnologia que foi inventada seria possível produzir alimentos e acabar com TODA a fome no mundo, não fossem os interesses de alguns grupos detentores da tecnologia e do poder. "Para mim, o absurdo e a graça não estão mais separados. Dizer que "tudo é absurdo" ou dizer que "tudo é graça " é igualmente mentir ou trapacear... "Hoje a graça e o absurdo caminham, em mim lado a lado, não mais estranhos, mas estranhamente amigos" A cada dia, nas situações que se nos apresentam podemos decidir entre perpetuar o absurdo, ou promover a Graça. (Jean Yves Leloup) * O Blog tem o mesmo nome do livro autobiográfico de Jean Yves Leloup, e é uma forma de homenagear a quem muito tem me ensinado em seus livros retiros, seminários e workshops *

24 de maio de 2010

'Bento XVI é o Papa das oportunidades perdidas'', afirma Küng

Bento XVI é o Papa das "oportunidades perdidas", avalia o célebre teólogo suíço Hans Küng, declarando-se em "oposição leal" a Roma, em una entrevista que foi publicada neste domingo no parisiense Journal du Dimanche.

"O pontificado de Bento XVI é o das oportunidades perdidas e não o das oportunidades aproveitadas", deplorou o teólogo, que se converteu, nos últimos dez anos, em um dos críticos mais férreos da Cúria Romana.




A reportagem é do sítio Religión Digital, 23-05-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Ao detalhar essas "oportunidades perdidas", Küng citou: "a aproximação com as Igrejas protestantes, o acordo duradouro com os judeus – ele fala deles como do povo deicida –, o diálogo aberto com os muçulmanos – qualificou o Islã de religião violenta e desumana – e a oportunidade de ajudar os povos africanos em sua luta contra a superpopulação mediante a contracepção e a utilização dos preservativos para lutar contra a Aids".

O teólogo também critica o Papa por fomentar o retorno da missa tridentina em latim e a prática da eucaristia dando as costas à assembleia de fiéis. "Não são em nada sinais de abertura", avalia.

Hans Küng, conhecido por seus posicionamentos liberais, em especial com relação ao celibato dos sacerdotes, afirma que está em "oposição leal" com o Papa, por quem diz sentir estima.

"É porque tenho estima por Ratzinger que me oponho a ele. Temos caminhos paralelos, ambos viemos de famílias católicas, conservadoras. Fizemos nossos estudos de teologia ao mesmo tempo. Éramos os dois mais jovens especialistas conciliares do Vaticano II. Em 1968, nossos caminhos divergiram. Os movimentos contestatários dos estudantes chocaram Ratzinger profundamente", lembrou.

"Ele voltou para a Baviera e tomou um caminho cada vez mais conservador. Ele se converteu em bispo e assumiu a direção da Congregação para a Doutrina da Fé. Ele se encerrou há 30 anos nessa bolha conservadora que o isolou da realidade humana", acrescentou Küng.

fonte:
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=32733

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