O absurdo e a Graça

Na vida hoje caminhamos entre uma fome que condena ao sofrimento uma enorme parcela da humanidade e uma tecnologia moderníssima que garante um padrão de conforto e bem estar nunca antes imaginado. Um bilhão de seres humanos estão abaixo da linha da pobreza, na mais absoluta miséria, passam FOME ! Com a tecnologia que foi inventada seria possível produzir alimentos e acabar com TODA a fome no mundo, não fossem os interesses de alguns grupos detentores da tecnologia e do poder. "Para mim, o absurdo e a graça não estão mais separados. Dizer que "tudo é absurdo" ou dizer que "tudo é graça " é igualmente mentir ou trapacear... "Hoje a graça e o absurdo caminham, em mim lado a lado, não mais estranhos, mas estranhamente amigos" A cada dia, nas situações que se nos apresentam podemos decidir entre perpetuar o absurdo, ou promover a Graça. (Jean Yves Leloup) * O Blog tem o mesmo nome do livro autobiográfico de Jean Yves Leloup, e é uma forma de homenagear a quem muito tem me ensinado em seus livros retiros, seminários e workshops *

7 de agosto de 2010

O papa é Pop...



Parece que o papa resolveu entrar para a carreira artistica e vai deixar cobrar ingresso por suas performances, estaria tudo bem se estas suas performances não fossem missas... Parece que o bispo (P)edir Ma(is)cedo está fazendo escola. E depois querem falar mal da IURD...
As missas do Papa no Reino Unido e a cobrança de entradas
Nada é grátis em tempos de crise. Nem mesmo as missas papais. Os peregrinos que assistirem às três missas que Bento XVI celebrará em sua visita ao Reino Unido em setembro deverão pagar um ingresso que custará entre 5 libras (6 euros) no ato de Hyde Park em Londres a 25 libras (30 euros) na missa de Birmingham. A entrada em Glasgow custará 20 libras (24 euros).
A reportagem é de Walter Oppenheimer, publicada pelo jornal El País, e reproduzida pelo portal UOL, 07-08-2010.
Trata-se da primeira visita de Estado do papa ao Reino Unido. A de João Paulo II, em 1982, teve somente um caráter pastoral. Desta vez Bento XVI será recebido pela rainha, mas o papa não dormirá no Palácio de Buckingham, como costumam fazer os chefes de Estado, porque em setembro Elizabeth II ainda estará em sua residência escocesa em Balmoral. A recepção será no palácio de Holyrood, em Edimburgo, e o pontífice dormirá em Londres.
O Vaticano afirma que sua iniciativa de cobrar dos fiéis deve ser entendida como uma "contribuição", que decidiram chamar de "passaporte do peregrino" e da qual estarão isentos aqueles que não puderem se permitir essa despesa. O pagamento inclui o transporte até o local das missas.
Os passaportes para o ato em Londres foram fixados em princípio em 10 libras, mas foram reduzidos em 50% depois que muitos fiéis explicaram aos organizadores que a maioria dos procedentes da periferia de Londres já tem a viagem paga até o centro da capital, porque possuem abonos mensais do transporte público, e, portanto, pagar de novo através do citado passaporte só faria dobrar o gasto em transporte.
Como se trata de uma visita de Estado, o Reino Unido cobrirá a maior parte do custo. As estimativas iniciais de que os contribuintes deveriam enfrentar uma fatura de 10 milhões de euros dispararam até 14,5 milhões de euros, sem contar os gastos de segurança. O Vaticano cobrirá as atividades pastorais (cerca de 8,5 milhões de euros).
O dinheiro é importante em um país como o Reino Unido, onde a mídia e o público costumam analisar com lupa como se gasta o dinheiro dos contribuintes. Sobretudo em atos tão chamativos quanto uma visita papal, com a qual nem todos comungam. Não só porque os católicos são minoria - embora crescente -, mas porque vem cercada de polêmica depois dos vários abusos sexuais contra crianças cometidos por religiosos ou instituições dependentes da Igreja Católica em diversos países. Com especial gravidade na vizinha, próxima e ainda muito católica Irlanda.
A BBC vai receber Bento XVI com um documentário sobre o escândalo dos abusos sexuais no qual seu autor, Mark Dowd, vai buscar o que definiu como "o verdadeiroJoseph Ratzinger". Os documentaristas viajaram à Baviera para entrevistar o irmão do papa, Georg Ratzinger, que revela como os escândalos o afetaram. Em outro documentário, a ex-deputada conservadora católica Ann Widdecombe explora a vida do cardeal John Henry Newman, teólogo e educador do século XIX que será beatificado nesta visita papal.
Dá-se a curiosa circunstância de que os movimentos homossexuais britânicos consideramNewman um homossexual disfarçado, que foi enterrado ao lado de seu companheiro durante 32 anos e que eles consideram sobretudo seu amante, Ambrose Saint John. Muitos católicos britânicos preferem crer que os dois nunca foram nada além de bons amigos.
Sexo ronda a visita
A questão da homossexualidade ameaça estar presente durante toda esta visita do papa, ou pelo menos nos comentários prévios. Não só por causa do drama dos abusos sexuais de crianças ou pela polêmica mais trivial sobre a sexualidade do que poderá ser o primeiro santo católico inglês em muitos séculos, John Henry Newman, mas devido à hesitação do Vaticano a submeter-se às leis de igualdade do Reino Unido, que no papel podem obrigá-lo a deixar de discriminar seus empregados conforme sua orientação sexual. Isto é, a Igreja Católica poderá ser obrigada a aceitar em suas escolas professores que se declarem publicamente homossexuais. Hoje, assim como ocorre na Espanha, a Igreja tem o privilégio de demiti-los.
Bento XVI atacou em fevereiro passado essa legislação e pediu aos bispos católicos da Inglaterra e Gales que a combatessem "com zelo missionário".
Também haverá debate sobre a ordenação de sacerdotes mulheres, com uma campanha publicitária a seu favor em Londres que está prevista justamente para antes da chegada do papa à cidade.

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