O absurdo e a Graça

Na vida hoje caminhamos entre uma fome que condena ao sofrimento uma enorme parcela da humanidade e uma tecnologia moderníssima que garante um padrão de conforto e bem estar nunca antes imaginado. Um bilhão de seres humanos estão abaixo da linha da pobreza, na mais absoluta miséria, passam FOME ! Com a tecnologia que foi inventada seria possível produzir alimentos e acabar com TODA a fome no mundo, não fossem os interesses de alguns grupos detentores da tecnologia e do poder. "Para mim, o absurdo e a graça não estão mais separados. Dizer que "tudo é absurdo" ou dizer que "tudo é graça " é igualmente mentir ou trapacear... "Hoje a graça e o absurdo caminham, em mim lado a lado, não mais estranhos, mas estranhamente amigos" A cada dia, nas situações que se nos apresentam podemos decidir entre perpetuar o absurdo, ou promover a Graça. (Jean Yves Leloup) * O Blog tem o mesmo nome do livro autobiográfico de Jean Yves Leloup, e é uma forma de homenagear a quem muito tem me ensinado em seus livros retiros, seminários e workshops *

20 de setembro de 2013

A reação à entrevista do papa...

J. Ricardo A. de Oliveira 



Vejo algumas pessoas assustadas  na internet com a ultima entrevista do papa Francisco.
 Não entendo porque o espanto e muito menos porque já começam a se formar núcleos contrarios ao papa. Há até mesmo alguém se auto intitula “filósofo católico” dizendo barbaridades contra o papa.
Este é um papa fiel à verdadeira tradição e fiel ao Jesus que viveu na Galileia junto com os apóstolos. O grande problema é que com o passar do tempo inventaram um Jesus legalista, rancoroso, punidor, elitista, preconceituoso que passou a ser venerado.
O verdadeiro Ieshua, o  Raboni, não fazia acepção de pessoas, vivia cercado pelo povo. A ele  endereçavam criticas tais como  sentar-se na mesa com pecadores, estar junto a ladrões e prostitutas, defender mulheres adulteras, curar servos preferidos de centuriões, estar cercado de mulheres, falar com samaritanos impuros...
Na realidade este é o verdadeiro nazareno, o filho do carpinteiro e de Maria. Um “zé ninguém” que nasceu num estábulo junto a animais e que foi arrastado pelas ruas coroado de espinhos para vergonha geral, no final de sua vida.
Não teve trono, palácios, luxo, pompa e muito menos deixou regras que excluíam qualquer tipo de pessoas. Condenou comportamentos, e determinou que toda a sua lei estava expressa em amar sem limites, como ele amou.
Agora digam-me o que está destoante no atual papa que nada mais é do que o representante, na terra, deste  revolucionário Jovem que morreu crucificado por muito amar.
Não se enganem,  ele deixou muito claro que tipo de Reino ele estava nos enviando para construir: o reino dos famintos, dos encarcerados, dos que estão nus , doentes, sem teto. O Reino dos excluídos, dos seus “pequeninos”.
No caminho de Jesus e dos apóstolos não pode haver exclusões, os excluídos somente são os que optaram por se considerar melhores e mais puros que os demais, gente que Jesus denominava de sepulcro caiado, raça de víboras e fariseus hipócritas.
 Não tenham dúvidas, há ainda muitos deles por ai...




Na dúvida leia Mt 25,31- ss
Então o Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim.
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Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.

Jo13,34-35
Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.

Jo15,12

12. Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo


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