O absurdo e a Graça

Na vida hoje caminhamos entre uma fome que condena ao sofrimento uma enorme parcela da humanidade e uma tecnologia moderníssima que garante um padrão de conforto e bem estar nunca antes imaginado. Um bilhão de seres humanos estão abaixo da linha da pobreza, na mais absoluta miséria, passam FOME ! Com a tecnologia que foi inventada seria possível produzir alimentos e acabar com TODA a fome no mundo, não fossem os interesses de alguns grupos detentores da tecnologia e do poder. "Para mim, o absurdo e a graça não estão mais separados. Dizer que "tudo é absurdo" ou dizer que "tudo é graça " é igualmente mentir ou trapacear... "Hoje a graça e o absurdo caminham, em mim lado a lado, não mais estranhos, mas estranhamente amigos" A cada dia, nas situações que se nos apresentam podemos decidir entre perpetuar o absurdo, ou promover a Graça. (Jean Yves Leloup) * O Blog tem o mesmo nome do livro autobiográfico de Jean Yves Leloup, e é uma forma de homenagear a quem muito tem me ensinado em seus livros retiros, seminários e workshops *

13 de setembro de 2013

Papa Francisco por Hans Küng

''Francisco não exorta ao diálogo: pratica-o. Essa é a força da mensagem''

Papa Francisco exorta não apenas ao diálogo com os não crentes, mas o traduz na prática.          De modo modesto e humilde, sem exercer nenhuma pressão, agindo com plena compreensão         pelas razões dos outros.
A opinião é do teólogo suíço-alemão Hans Küng, em depoimento para o jornal La Repubblica, 12-09-2013.    A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o texto.
O título da notícia poderia ser "um diálogo em igual dignidade". O Papa Francisco exorta não apenas ao diálogo com os não crentes, mas o traduz na prática. De modo modesto e humilde, sem exercer nenhuma pressão, agindo com plena compreensão pelas razões dos outros. Como a sua ideia de "fraterna proximidade".
Muitos pontos de vista teológicos parecem-me importantes.
Primeiro: o papa representa o conceito da encarnação da pessoa histórica de Jesus. E, da sua autoridade estendida à Igreja, que deixa questões em aberto.
Segundo: a natureza de Jesus como Filho de Deus não deve excluir outros, mas, ao invés, deve abrir a todos os seres humanos a vocação a se sentirem "filhos de Deus".
Terceiro: ninguém dispõe da Verdade absoluta. A Verdade da Fé, como manifestou em Cristo o amor de Deus, é essencialmente uma relação.
Quarto: a Verdade da Fé, que é símbolo de Luz, sempre foi, várias vezes, instrumentalizada por obscuros supersticiosos contra a Luz da razão. Portanto, eu me sinto confirmado no meu Caminho e Escolha, tendo sempre levado a sério as razões dos não crentes.

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