O absurdo e a Graça

Na vida hoje caminhamos entre uma fome que condena ao sofrimento uma enorme parcela da humanidade e uma tecnologia moderníssima que garante um padrão de conforto e bem estar nunca antes imaginado. Um bilhão de seres humanos estão abaixo da linha da pobreza, na mais absoluta miséria, passam FOME ! Com a tecnologia que foi inventada seria possível produzir alimentos e acabar com TODA a fome no mundo, não fossem os interesses de alguns grupos detentores da tecnologia e do poder. "Para mim, o absurdo e a graça não estão mais separados. Dizer que "tudo é absurdo" ou dizer que "tudo é graça " é igualmente mentir ou trapacear... "Hoje a graça e o absurdo caminham, em mim lado a lado, não mais estranhos, mas estranhamente amigos" A cada dia, nas situações que se nos apresentam podemos decidir entre perpetuar o absurdo, ou promover a Graça. (Jean Yves Leloup) * O Blog tem o mesmo nome do livro autobiográfico de Jean Yves Leloup, e é uma forma de homenagear a quem muito tem me ensinado em seus livros retiros, seminários e workshops *

28 de agosto de 2018

Como um Rio (aos 67)



Segue como um rio.
Em seu eterno passar
O rio da vida me leva.
Hora em calmaria,
Em momentos outros em corredeiras...
Contorna algumas pedras, afoga outras,
E muitas, simplesmente as faz rolar...
Mas sempre seguindo.
Num caminho sinuoso,
Limitado pelas margens
Abriga sonhos de transbordamento.
A natureza revolta das aguas
Vez por outra, denuncia que nem tudo é tranquilidade.
E segue.
Da nascente à grande vazão,
A novidade é a constante,
Nenhuma gota repete um caminho já feito.
Tudo é novo, similar, parecido talvez, mas sempre novo.

Numa curvam como agora,
O murmurar das aguas ansioso se pergunta:
Quanto ainda falta para ao grande mar chegar?
Loucuras de rio afoito
que não percebe que o melhor do trajeto
é a simplicidade do suave marulhar.

Que eu continue a agradecer esse fluir de energia, que há 67 primaveras, me presenteia sempre com um novo, simples e desafiante marulhar cotidiano. 





15 de agosto de 2018

Em Pneuma e Aletheia

J Ricardo A de Oliveira

Vai!
Vá para ti.
Vá e não desista,
Vá e não olhes para trás.
Vá e só pare quando chegar,
Quando encontrar o coração do coração.

Chegando lá faça uma faxina,
limpe tudo,
Não deixe nada,
nem um pingo da lama que lá houver.
Depois de tudo bem limpo,
De todo o perdão exercido,
Descubra lá, a presença que te habita.

Persista,
 permita-se desta vez,
Ser tomado pelo grande silêncio.
Perceba quem te respira
E deixe-se ser respirado por esta presença.

 Mas com toda a atenção:
Em Pneuma e Aletheia – em Espírito e Verdade !
Alí, onde tudo é Paz,
Onde tudo é Luz,
Na morada do “Eu Sou”

 Seja UM com Ele.