O absurdo e a Graça

Na vida hoje caminhamos entre uma fome que condena ao sofrimento uma enorme parcela da humanidade e uma tecnologia moderníssima que garante um padrão de conforto e bem estar nunca antes imaginado. Um bilhão de seres humanos estão abaixo da linha da pobreza, na mais absoluta miséria, passam FOME ! Com a tecnologia que foi inventada seria possível produzir alimentos e acabar com TODA a fome no mundo, não fossem os interesses de alguns grupos detentores da tecnologia e do poder. "Para mim, o absurdo e a graça não estão mais separados. Dizer que "tudo é absurdo" ou dizer que "tudo é graça " é igualmente mentir ou trapacear... "Hoje a graça e o absurdo caminham, em mim lado a lado, não mais estranhos, mas estranhamente amigos" A cada dia, nas situações que se nos apresentam podemos decidir entre perpetuar o absurdo, ou promover a Graça. (Jean Yves Leloup) * O Blog tem o mesmo nome do livro autobiográfico de Jean Yves Leloup, e é uma forma de homenagear a quem muito tem me ensinado em seus livros retiros, seminários e workshops *

7 de agosto de 2021

08 de agosto de2021: Um ano da Páscoa Do irmão Pedro Casaldáliga




Chamar-me-ão de subversivo
Eu responderei incisivo:
O sou. Pelo meu povo que luta,
Pelo meu povo que trilha apressado
Caminhos de sofrimento.
Eu tenho fé de guerrilheiro
E amor de revolução.


                                                             
             Pedro Casaldáliga
Barcelona 16/02/1928 -   Batatais ( SP) 08/08/2020

Ser o que se é
Falar o que se crê
Crer no que se prega
Viver o que se proclama
Até as últimas consequências

                   
  Pedro Casaldáliga o  santo que viveu entre nós

Malditas sejam todas as cercas!
Malditas todas as propriedades privadas que
nos privam de viver e de amar!
Malditas sejam todas as leis,
amanhadas por umas poucas mãos,
para ampararem cercas e bois
e fazerem da terra escrava
e escravos os homens!

     



Pedro Casaldáliga
O espanhol que adotou o Brasil  para defender seu povo


Não acontece todos os dias acompanhar o sepultamento de um santo


Ao final do caminho me dirá

E tu, viveste? Amaste?

E eu, sem dizer nada,

Abrirei o coração cheio de nomes

 


Pedro foi sepultado num cemitério indígena
às margens do seu Araguaia