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Mulher e principal discípula de Jesus.
Quem é esta mulher que junto a Maria de Nazaré
permaneceu aos pés da cruz?
Porque Jesus a escolheu para primeiro aparecer
depois da Ressurreição?
Maria de Magdala pecadora perdoada ?
Discípula que mais estava próxima do mestre,
a ponto de despertar ciúmes ?
Nunca saberemos, o tempo e o preconceito
se encarregaram de apagar sua história...
De companheira de Jesus a prostituta,
muito ao longo dos séculos foi dito,
mas só mesmo o mestre, o raboni Yeshua
poderia dizer com segurança
quem foi, quem é,
Myrian de Magdala .
permaneceu aos pés da cruz?
Porque Jesus a escolheu para primeiro aparecer
depois da Ressurreição?
Maria de Magdala pecadora perdoada ?
Discípula que mais estava próxima do mestre,
a ponto de despertar ciúmes ?
Nunca saberemos, o tempo e o preconceito
se encarregaram de apagar sua história...
De companheira de Jesus a prostituta,
muito ao longo dos séculos foi dito,
mas só mesmo o mestre, o raboni Yeshua
poderia dizer com segurança
quem foi, quem é,
Myrian de Magdala .
Com o relato da ressurreição e, a aparição de Jesus,
depois de ressuscitado à Maria Madalena
reacende-se a dúvida quanto ao papel desta mulher
na comunidade primitiva dos seguidores de Jesus.
Ao ler o O código Da Vinci,
o jornalista e escritor Juan Arias
lamentou as dezenas de erros de pesquisa
na trama de Dan Brown.
Como teólogo e vaticanista,
no entanto, reconheceu que
o best-seller havia conseguido
o que tentam há anos centenas de estudiosos,
levar ao grande público polêmicas religiosas
que a Igreja, segundo ele, esforça-se em ocultar.
As discussões provocadas pelo livro
foram a deixa para que Arias
iniciasse uma busca pela verdadeira identidade
da mulher que teria sido casada com Jesus,
trabalho reunido em
"Madalena, o último tabu do cristianismo"
(editora Objetiva).
Imagem na Notre Dame de paris
A notícia é do jornal Globo, 19-6-2006.
Para autor, Madalena foi "apóstolo" mais importante.
Em um misto de reportagem e pesquisa histórica, Arias, autor de estudos religiosos como Jesus, esse grande desconhecido,
vasculhou centenas de documentos.
Textos como os Evangelhos Gnósticos (não reconhecidos
pelo Vaticano) e preciosos pergaminhos
descobertos no Egito na década de 40.
O livro redefine a origem do celibato e sacerdócio masculino exclusivo e derruba a imagem de Maria Madalena como meretriz convertida. "
À instituição interessa que Madalena seja a prostituta arrependida e não a esposa e escolhida de Jesus para continuar seus ensinamentos, porque isso ressaltaria o sexismo da Igreja.
Mas como explicar por que Madalena
foi a primeira a ver Jesus ressuscitado?
E a intimidade entre os dois nos Evangelhos Gnósticos,
onde Jesus beija Madalena na boca?
Ou as cenas de ciúmes dos apóstolos ao perceberem
o quanto ela era importante ao profeta?", polemiza ele.
Em vez de investir na teoria de que Jesus teria se casado com Maria Madalena, dando origem a uma linhagem que seguiria até hoje, principal tema de O código Da Vinci, Arias reúne provas históricas que conferem a Madalena um papel muito maior na formação da Igreja Católica, a de "apóstolo" mais importante para Jesus.
"Como me disse José Saramago, se Jesus ressuscitado apareceu a Madalena antes de todos, é porque ela era a mulher que mais amava. Ele sabia que duvidariam do testemunho de Madalena, como o fez Pedro, mas a escolheu",explica o teólogo.
Um outro exemplo é o pedido de Madalena ao chegar ao sepulcro de Jesus, quando ela se desespera ao não encontrar o corpo do profeta. Madalena pergunta a um homem onde estava o seu senhor, pois ela iria recolhê-lo.
Para os judeus, o corpo era sagrado e responsabilidade da família.
Que direitos tinha Madalena em reclamar o corpo de Jesus?
O direito de esposa.
O jornalista espanhol, que foi correspondente no Vaticano por 14 anos, constrói o livro com capítulos-ensaios, submetendo os trechos bíblicos a análises semiológicas e formulando uma hermenêutica acessível mesmo aos leigos nos textos sagrados.
Para Arias, Madalena pertencia à corrente gnóstica, que valorizava o conhecimento intuitivo e a palavra, e era contrária à hierarquização do cristianismo.
Ela acreditava que, por meio do conhecimento, o eu e a divindade tornavam-se um só.
"A Igreja seria menos dogmática e mais universal" Culta e de família abastada, Madalena teria sido responsável pela construção existencial e filosófica do cristianismo, que ainda não havia fixado um corpo definitivo de doutrina.
Ela foi a escolhida do profeta, definido por Arias como "um semeador de liberdades" que considerava as mulheres inteiramente aptas ao sacerdócio.
Com a morte de Jesus, porém, entre a corrente gnóstica de Madalena e a oficialista de Pedro, venceu a primazia masculina.
"Um dia a Igreja terá que pedir perdão, como fez com Galileu Galilei, por ter corrompido a figura de Madalena utilizando-a como símbolo do pecado sexual.
Se isso não tivesse acontecido, a Igreja seria menos dogmática e mais universal. E o feminismo teria sido adiantado em muitos séculos",
calcula Juan Arias.
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