Estarrecido abro o meu computador no final da noite desta
quinta feira santa e vejo , ouço os gritos de uma mãe desesperada. Em seguida a
cena nos transporta para uma criança
morta em meio a uma poça de sangue.
Não, não é um filme, não é na palestina, não foi o EI , nem qualquer outro exercito palestino...
Foi aqui, bem ao nosso lado, na palestina brasileira, no Alemão...
Não, não é um filme, não é na palestina, não foi o EI , nem qualquer outro exercito palestino...
Foi aqui, bem ao nosso lado, na palestina brasileira, no Alemão...
Hoje agora pela manhã mais uma vez, abro o meu computador tentando
me esquivar daquela cena que ainda não
saiu da minha cabeça e leio:
Os “esquerdinhas” choram a morte do menino da favela, mas não dizem nada pela morte do filho do governador Alkimin !
Será que SÓ os “esquerdinhas” se chocam com a morte violenta de um menino de 10 anos?
Os “direitinhas” já não se chocam mais com barbáries deste tipo ? Perderam sua capacidade de se indignar, ou isso para eles é seletivo? Em essência não são pessoas iguais ou a escolha da cor política muda também o caráter , a personalidade e a sensibilidade das pessoas ?
Meu Deus, meu Deus, porque nos abandonastes ?
Não há dúvida que a morte do filho do governador de S. Paulo é algo a se lamentar, a perda de um filho é algo que não faz parte dos planos normais da vida de ninguém. O governador merece nossas condolências, nossos pêsames mais sinceros. Nesta hora de dor não há partidos só inteiros !
Mas meu Deus ! será que são coisas comparáveis, além da dor da perda de um filho? A morte do filho de Geraldo Alkimin é uma fatalidade, um acidente, não foi provocada ! Não foi morte MATADA , como diria João Cabral de Melo Neto. A do menino do Alemão é fruto da truculência, é fruto de um sistema social completamente fora de propósito que divide pessoas pelo seu poder de compra, pelo fato de ter ou não conta bancária, investimentos, poder econômico de consumo. Se delitos esse menino cometeu, sua tenra idade nos indica que certamente um adulto o colocou no desvio. E este desvio certamente vem de longe, não tem sua origem ali, como nos querem fazer acreditar que os donos do tráfico estão nas comunidades, nas favelas. Todos nós sabemos que não. Nunca uma batida policial numa favela encontrou meia tonelada de pó !!!
Há algo mito sinistro em toda essa história, algo muito maldoso, querem nos fazer pensar que os meninos pobres são facínoras , que a maioridade penal deve ir pra os 16, 14... Ou quem sabe 10 como o menino morto ontem ? Mas curiosamente os “meninos” de 18/19 anos que queimam índios e mendigos, que estupram empregadas domésticas nos pontos de ônibus de bairros de poder aquisitivo mais alto, ficam sistematicamente I M P U N E S !
Os “esquerdinhas” choram a morte do menino da favela, mas não dizem nada pela morte do filho do governador Alkimin !
Será que SÓ os “esquerdinhas” se chocam com a morte violenta de um menino de 10 anos?
Os “direitinhas” já não se chocam mais com barbáries deste tipo ? Perderam sua capacidade de se indignar, ou isso para eles é seletivo? Em essência não são pessoas iguais ou a escolha da cor política muda também o caráter , a personalidade e a sensibilidade das pessoas ?
Meu Deus, meu Deus, porque nos abandonastes ?
Não há dúvida que a morte do filho do governador de S. Paulo é algo a se lamentar, a perda de um filho é algo que não faz parte dos planos normais da vida de ninguém. O governador merece nossas condolências, nossos pêsames mais sinceros. Nesta hora de dor não há partidos só inteiros !
Mas meu Deus ! será que são coisas comparáveis, além da dor da perda de um filho? A morte do filho de Geraldo Alkimin é uma fatalidade, um acidente, não foi provocada ! Não foi morte MATADA , como diria João Cabral de Melo Neto. A do menino do Alemão é fruto da truculência, é fruto de um sistema social completamente fora de propósito que divide pessoas pelo seu poder de compra, pelo fato de ter ou não conta bancária, investimentos, poder econômico de consumo. Se delitos esse menino cometeu, sua tenra idade nos indica que certamente um adulto o colocou no desvio. E este desvio certamente vem de longe, não tem sua origem ali, como nos querem fazer acreditar que os donos do tráfico estão nas comunidades, nas favelas. Todos nós sabemos que não. Nunca uma batida policial numa favela encontrou meia tonelada de pó !!!
Há algo mito sinistro em toda essa história, algo muito maldoso, querem nos fazer pensar que os meninos pobres são facínoras , que a maioridade penal deve ir pra os 16, 14... Ou quem sabe 10 como o menino morto ontem ? Mas curiosamente os “meninos” de 18/19 anos que queimam índios e mendigos, que estupram empregadas domésticas nos pontos de ônibus de bairros de poder aquisitivo mais alto, ficam sistematicamente I M P U N E S !
Há momentos que penso que estou ficando senil , que alguém
mudou a ordem do mundo. Aliás o mano Caetano já havia cantado que : “ alguma
coisa está fora da ordem, fora da nova ordem mundial”
Hoje é Sexta Feira Santa,
certamente a pessoa que escreveu sua
revolta pelos “esquerdinhas” terem se indignado pela morte daquele “marginalzinho”
de dez anos, vai piedosamente se
ajoelhar diante da cruz, e talvez até chorar pelo martírio daquele que ela
apregoa como seu Deus. Vai beijar a cruz hipocritamente. Sim hipocritamente
porque não consegue entender o que Jesus disse com todas as letras: “TODAS AS VEZES QUE FIZERDES
A UM DE MEUS PEQUENINOS É A MIM QUE O
FAREIS.”
Eu espero e rezo a Deus que não só os esquerdinhas, que são tachados de ateus, nos
ajoelhemos diante do menino de dez anos
do alemão, porque ao fazer isso estaremos diante do mestre da Galileia, do Raboní
Joshua, mais uma vez martirizado como tantas vezes vem sendo ao longo destes
mais de dois mil anos pelos becos de uma Jerusalém que ocupa todos os espaços
deste nosso planeta que perdeu o caminho do AMOR, como Ele nos amou .
Deixo aqui aos pé da cruz a minha revolta e as minhas orações para aquela mãe desesperada que gritava ontem pelas ruas do alemão e também a minha solidariedade, meus sentimentos e a promessa de minhas orações também à família do governador de São Paulo pela perda de seu filho.
Deixo aqui aos pé da cruz a minha revolta e as minhas orações para aquela mãe desesperada que gritava ontem pelas ruas do alemão e também a minha solidariedade, meus sentimentos e a promessa de minhas orações também à família do governador de São Paulo pela perda de seu filho.
Que Deus tenha compaixão de nós, perdoe nossos pecados e nos conduza, porque continuamos não sabendo o que fazemos
.
Excelente! Fe e maturidade! Encantada!
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