Você já ouviu falar sobre a teoria do centésimo macaco?
Por onde se olha o que se vê são absurdos, e pior, absurdos sendo aceitos e seguidos por pessoas que se dizem "do bem". O fanatismo religioso parece que ganhou o mundo.
Nossa indignação já não é suficiente, o sentimento de
impotência é o que mais me incomoda neste momento. Um pai que entrega a filha
ao Talibã, porque ela insiste em estudar e eles, arrancam-lhe os olhos, não é
diferente do pai que espanca o filho para ele deixar de ser homossexual. Os
poderosos que mantém pessoas escravizadas em nossos dias por pura ganância ou
ainda, adolescentes, que colocam fogo em um mendigo que dorme na calçada nestas
madrugadas frias, são realidades paralelas a estes horrores.
Alguma coisa está fora da ordem, ou sempre esteve e nós
fingíamos que não víamos ou não vemos. Afinal prender um jovem, torturá-lo e
condena-lo a morte em uma cruz, não é muito diferente do que estamos vendo
hoje.
Na essência destes absurdos sempre vamos encontrar o fanatismo e a
ganância.
Tenho me perguntado muitas vezes como podemos sair disso e a resposta
é sempre a mesma: buscando a mudança e a melhoria individual.
Acreditando que
um dia, como naquele fenômeno do centésimo macaco, sejamos em número suficiente,
e assim como do nada os macacos aprenderam a lavar batatas sem que ninguém lhes
ensinasse, nós os humanoides passemos, não a lavar batatas, mas a nos amar e
respeitar, na descoberta de que todos fazemos parte da mesma unidade.
A teoria foi criada pelo biólogo teórico Rupert Sheldrake, resumidamente ela diz que uma mudança no comportamento de uma espécie irá ocorrer quando um número exato necessário é alcançado.
Os cientistas começaram a observar um macaco em uma pequena ilha chamada Koshima. Ele gostava de batata-doce, raiz abundante na região. Ele descobriu que a iguaria poderia ficar muito mais saborosa se lavada antes.
Ele então começou a retirar a terra da batata-doce mergulhando-a na água.
Depois, descobriu que poderia usar uma das mãos para segurar a batata submersa
e a outra mão para retirar o barro que não tinha saído sozinho.
Depois de várias tentativas e erros, um macaco descobre uma maneira inovadora de lavar batatas antes de come-las, o que permite aproveitar melhor a batata sem a terra que lhe envolvia. Ninguém jamais havia lavado batatas dessa forma. Por imitação, o procedimento rapidamente se replica entre os seus companheiros e logo uma população de 99 macacos domina o novo jeito de lavar batatas.
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