O teólogo Marcelo Barros recorda
que, uma vez, acompanhou o arcebispo a uma favela.
Passando pelas vielas, D. Hélder cumprimentava as pessoas e entrava em cada barraco.
Chegou atrasado ao centro comunitário, onde as pessoas o esperavam para uma reunião. Numa das casas, um senhor da Umbanda deu-lhe de presente uma imagem de um Preto Velho (um dos espíritos da religião africana).
D. Hélder chegou à reunião, trazendo nos braços o Preto Velho.
A quem se espantou com o atraso, explicou:
Passando pelas vielas, D. Hélder cumprimentava as pessoas e entrava em cada barraco.
Chegou atrasado ao centro comunitário, onde as pessoas o esperavam para uma reunião. Numa das casas, um senhor da Umbanda deu-lhe de presente uma imagem de um Preto Velho (um dos espíritos da religião africana).
D. Hélder chegou à reunião, trazendo nos braços o Preto Velho.
A quem se espantou com o atraso, explicou:
“Estava me encontrando
com um irmão, do qual séculos me distanciaram”.
Quando lhe perguntaram se o contato do arcebispo com líderes de outras religiões negras não favorecia o sincretismo e a confusão, D. Hélder respondeu:
“O sincretismo existe desde que os nossos
antepassados obrigaram os negros a se batizarem. Durante séculos, eles foram
obrigados a viver a sua fé de modo escondido. O que eu faço é reconhecer o seu
direito a exercerem a sua religião. Sei que muitos, desde crianças, são, ao
mesmo tempo, católicos e de um culto afro. Conhecendo-os, vejo que são pessoas
de tanta fé e tão dedicadas aos outros que só posso pensar que essa integração
faz bem”.
Com os agradecimentos ao amigo Jorge Alexandre que publicou esta passagem no Facebook
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