O Absurdo e a Graça: Conversa de elevador:

O absurdo e a Graça

Na vida hoje caminhamos entre uma fome que condena ao sofrimento uma enorme parcela da humanidade e uma tecnologia moderníssima que garante um padrão de conforto e bem estar nunca antes imaginado. Um bilhão de seres humanos estão abaixo da linha da pobreza, na mais absoluta miséria, passam FOME ! Com a tecnologia que foi inventada seria possível produzir alimentos e acabar com TODA a fome no mundo, não fossem os interesses de alguns grupos detentores da tecnologia e do poder. "Para mim, o absurdo e a graça não estão mais separados. Dizer que "tudo é absurdo" ou dizer que "tudo é graça " é igualmente mentir ou trapacear... "Hoje a graça e o absurdo caminham, em mim lado a lado, não mais estranhos, mas estranhamente amigos" A cada dia, nas situações que se nos apresentam podemos decidir entre perpetuar o absurdo, ou promover a Graça. (Jean Yves Leloup) * O Blog tem o mesmo nome do livro autobiográfico de Jean Yves Leloup, e é uma forma de homenagear a quem muito tem me ensinado em seus livros retiros, seminários e workshops *

6 de novembro de 2019

Conversa de elevador:

No elevador estavam o ascensorista, um médico, um rapaz funcionário da clinica que toma uma boa parte todo o prédio e eu, quieto calado:
A conversa se desenvolvia enquanto esperavam uma senhora com problemas de locomoção que subia a rampa para pegar o elevador.

Ascensorista: Cara é hoje ! Hoje é o dia..

Médico: é hoje vai ser importante, tem um grupo de senadores que vão ao STF entregar uma carta...

Funcionário: Carta ? STF?

Ascensorista: Tô sabendo não, precisa disso?

Funcionário: Eu acho que não, eles só tem que decidir se vão transferir o jogo, porque lá no Chile tem um bando de baderneiros tocando maior bagunca, fazendo greve...

Médico: Ah vcs estão falando da final. Ah bom isso não é problema, o mengão ganha em qualquer lugar.

Ascensorista: Mas que parada é essa de Senador , STF ?

Médico: Isso é coisa de politico, é esse negócio de arranjarem uma desculpa prá tirar o Lula da cadeia...

O elevador chegou no meu andar e eu saí, cantarolando:

¨ ♪♫♫ Aqui na terra 'tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta♫♫♪

J. Ricardo

Psicoterapeuta / Psicólogo Clínico - Membro do Colégio Internacional de Terapeutas (Terapeutas de Alexandria) – Terapeuta Holístico - Pós graduado em Arteterapia e em Terapia Floral - Formação Holística de Base na Unipaz - Formação básica em Teologia pelo Centro Loyola de Fé e Cultura -PUC/RJ. Ger.de Rec.Humanos na Cia Souza Cruz Ind. e Comércio - Consultor empresarial - consultor Psicopedagógico dos projetos Sociais de Capacitação Solidária

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Seja Bem Vindo(a)

Agradeço por sua visita, ela é muito oportuna.
Aqui eu reúno pensamentos meus
e de algumas outras pessoas com quem sinto afinidade de idéias e ideais.

"Vamos precisar de todo mundo

pra banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
vamos precisar de muito amor...

Vamos precisar de todo mundo,

um mais um é sempre mais que dois
Pra melhor juntar as nossas forças
é só repartir melhor o pão...

Deixa nascer o amor/Deixa fluir o amor

Deixa crescer o amor/Deixa viver o amor

O sal da terra,..." (Beto Guedes)

Um pouco de quem sou

Tarefa difícil dizer quem sou:
Livre pensante, eu resolvi escrever algumas das minhas ideias, pensamentos, delírios... coloco aqui também artigos que acho importante guardar, divulgar ou que me tocaram de alguma forma. Aos que estão embarcando nesta viagem dou as boas vindas e convido a que curtam e façam seus comentários. Namastê ! Shalon! Awerê!

Vamos lá:
Sempre me achei um pouco pretensioso posso dizer que vez por outra, tenho alguns lampejos de lucidez, o que nos dias atuais, talvez seja mais um mal do que uma qualidade.

Vou começar com um grande pensador que reflete justamente sobre esta questão:

"Estamos empenhados em várias atividades, alternadamente - ganhar a vida, criar filhos; ou assumimos certas responsabilidades perante várias organizações; estamos tão cheios de compromissos, de diferentes espécies, que dificilmente encontramos tempo para a reflexão sobre nós mesmos, para observarmos e estudarmos. Assim, com efeito, a responsabilidade da reação é nossa, e de mais ninguém. Andar pelo mundo em busca de gurus e de seus sistemas, ler os livros mais recentes sobre esta ou aquela matéria, etc., parece-me completamente vão, completamente fútil. Podemos percorrer toda a Terra, mas teremos de voltar a nós mesmos. E, visto que em geral nos desconhecemos totalmente, é dificílimo começarmos a ver com clareza o processo do nosso pensar, sentir e agir."

(Krishnamurti)

Mas, mesmo assim vou arriscar:
Tenho dito sempre que três palavras me descrevem bem:

O Sonho, a Fé e a Esperança.
Além disso, há também a célebre frase de Bernard Shaw :

"Você vê as coisas e pergunta: porque?
Eu sonho com coisas que nunca existiram e pergunto:
Porque não ?

"Eu sou um sonhador incorrigível, tenho fé de que quanto mais eu aprender com as pessoas, mais eu estarei perto de realizar o meu sonho, por isso nunca perco a esperança.

Daí: Eu sou !

Seria pretensão repetir o Deus todo poderoso?

Despretensiosamente: Eu sou o que sou !

Sou, um pouco de louco, pouco de profeta, sem deixar de ser poeta.

Acredito em sonhos e adoro sonhar, voar, viver...

Tenho planos, muitos, para um hoje sem guerras, sem violência, pleno de Paz, Amor e fraternidade.

Espero e me empenho na construção de um amanhã diferente e acredito que é possível ainda viver num mundo sem pobreza, sem fome e tantas diferenças e divisões.

Paz e unidade na diversidade, palavras mágicas que acredito, estarão presentes neste mundo novo que podemos construir.

E então?
Aceita o convite?
Que tal conspirarmos juntos por este mundo novo?

Cora Coralina escreveu:

"Não sei...
se a vida é curta ou longa demais pra nós,

Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,

se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não seja
nem curta,nem longa demais,
Mas que seja intensa,verdadeira, pura..
Enquanto durar"

Eu de minha parte escrevi:

Cosmogênese Quotidiana ou
Manvantara & Pralaya do dia a dia

Transcender todo o tédio

Vencer o medo, o nojo, o ódio.
Vomitar a amargura
Lutar,
Até as últimas forças,
E,
Exaurido quedar...

Transcender a inércia
Vencer a pressa, a urgência o pânico...
Recolher os pedaços da luta
Recompor o universo desfeito em cacos
Cacos mortos...
Cal sobre os cacos,
Caos !...

Reiniciar o movimento/
Organizar o sentimento...
Emoção,
Caos,
Théos,
Deus ?
Luz !
Fiat !

Tudo absolutamente tudo nos tem sido dado, por isso eu não canso de dizer que

"Sou Grato!”

Quero dirigir a minha atenção para o AMOR que posso distribuir.
Assim sendo:
Se causei algum mal a algo ou alguém:
Sinto muito!
Sou e sempre serei Pacifista, afinal inspiro a minha vida nas palavras e atos do "Príncipe da Paz" - o filho de um carpinteiro de Nazaré.
Além dele inspiro-me também em um seguidor seu, o bom, Chiquinho de Assis, o irmão/amante de toda a criação.
E não poderia esquecer também os ensinamentos ancestrais do Ho':oponopono

Sinto muito!
Me perdoe!
Sou grato!
Eu te amo!

Paz a todos os Seres!

Então para nunca esquecer o saudoso amigo e para homenageá-lo e lembrar sempre de sua luta pela Paz e pela evolução de todos os seres ai vai:

"Todos somos um universo de luz "
(do querido e saudoso Ede Müller,
o Ede Eckanata da comunidade Mãe d'água)

Om namah shivaya
dizem os hindus,
om mani padme hum
dizem os budistas,
kirye kirye
dizem os ortodoxos,
hare krishna
dizem os devotos de krishna,
Padcha Mamma
dizem os andinos,
a nós descei divina luz
dizem os católicos,
Oooooooooommmmmmmmmmmmm
dizem os vedantinos,
babanam kevalam
dizem os marguis,
Om shanti
dizem os Brahma kumaris.
Já chegou a hora
dizem os alternativos,
em uma só voz:
Somos todos um
no universo da luz....

Um pouco mais sobre mim

Ingressei aos 19 anos no curso de Psicologia, não sem antes ter que enfrentar de uma só vez os meus pais e de sobra o coordenador do curso “Vector”, onde na época eu cursava o pré-vestibular para Engenharia... Foi uma grande batalha que tive que travar para fazer valer o meu desejo de cursar a faculdade de Psicologia, curso visto na época por meus pais como sem futuro e “para mulheres”.
Ganha a primeira batalha tive que começar a procurar emprego, já que eles não queriam custear meu curso. A saída que encontrei foi mesmo tendo sido aprovado para a UFRJ, prestar concurso para uma faculdade noturna e assim, ingressei na UGF em 1971. Felizmente nos primeiros meses da faculdade consegui ser aprovado para um cargo de auxiliar de pessoal na Cia. Souza Cruz Ind. e Comércio.
Nesta época eu entendi assim esse evento:

Enforcamento ou Primeiro emprego de um poeta

Por menores que sejam as passadas
Elas de nada valem.
A distância é cada vez menor.
Tudo pronto...

O Rio reviverá os grandes enforcamentos.
A multidão se agita atrás de mim.
Av. Presidente Vargas, 13:30 h
Em frente a candelária.

Todos se amontoam para assistir
A perda parcial da liberdade de um homem.

Novos patíbulos
Já não tem escadas,
Antigos enforcamentos,
Transformaram as escadas em elevadores.

A recepcionista espera pacientemente...

Tudo está pronto e preparado,
a altura é a do sétimo andar,
para que todos vejam, todos aplaudam,
a parcial vitória das estruturas sobre um poeta.

Uma campainha,
O elevador para.
De dentro dele cai um homem:
Um relutante José,
Enforcado por sua gravata.

Da Souza Cruz só saí 16 anos mais tarde como Ger. de Planejamento de Recursos Humanos, tendo trabalhado na área de Recrutamento e Seleção, Treinamento e Desenvolvimento Gerencial e com Planejamento de Cargos e Sucessões dos executivos da empresa, o que me capacitou a ocupar a gerência de Planejamento de RH de toda empresa com gerenciamento técnico de RH às diversas unidades da empresa: sendo 8 fábricas, 11 filiais de vendas e 4 centros de compra e processamento de fumo, num total de 15 subordinados diretos e 30 indiretos nas diversas unidades em todo o país.
O Ano de 1975 destaca-se pelo meu casamento em abril (a esposa é psicóloga também) e o término da Faculdade.
1976 foi o ano que começou com o nascimento de meu primeiro filho que curiosamente nasceu no dia da colação de grau. A segunda filha nasceu um ano e meio depois.
Durante os anos de 1976 a 1978 fui professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ) em cursos na área de Administração de Pessoal e Recursos Humanos
Durante o período que estive na Souza Cruz, muitos foram os cursos de aperfeiçoamento que elaborei, com destaque para a área de gerenciamento e desenvolvimento de pessoas:
Programa de Técnicas de Entrevista, Gerência de Negociações, Negociações Sindicais, Desenvolvimento Gerencial.
Ainda na Souza Cruz fiz o curso de Criatividade e estratégia no Instituto Latino Americano de Criatividade e Estratégia – ILACE , ligado à Universidade de Búfalo/USA ( cursos: básico, avançado e monitoria)
Ainda trabalhando na empresa dediquei-me a uma formação em Psicanálise na Clínica Terra, que interrompi ( formação e o processo de análise) no segundo ano de curso.
Em seguida fiz na Espaço Clínica de Psicoterapia as formações em Psicoterapia Existencial e Gestalterapia e também me submeti a um processo de psicoterapia existencial que durou 6 anos.
Em 1979 comecei a atender sob supervisão em consultório.
No início da década de 80 complementei minha formação em Psicoterapia Vivencial no Núcleo de Psicoterapia Vivencial/RJ com Supervisão de Teresa Cristina Erthal. ( PUC/RJ)
No início dos anos 80 participei da primeira turma de formação da Clínica Pomar de Arteterapia com a psicóloga Ângela Philipine.
Em 1982 junto com a minha esposa e alguns outros sócios criamos o grupo de animação cultural e Arte-eduação: “ENCONTRARTE”.
Era um grupo de voluntários que fazia trabalhos com crianças em praças, e em eventos das recém formadas e associações de moradores no Rio de Janeiro.
Esse grupo em 1983 transformou-se num pioneiro Espaço Cultural na Tijuca. Era um local de artes e terapias. Lá funcionavam escolas de artes plásticas para todas as idades, cursos de artes cênicas, cinema e grupos de terapia. Na época sediou o núcleo carioca de Biodança com grupos coordenados pelo próprio Rolando Toro, grupos de Somaterapia com Roberto Freire, Psicodrama com Alexandre Bhering entre outros. Muitos foram os eventos para comunidade com exibição de peças teatrais, cinema e eventos infantis. No espaço funcionava também a AMOAPRA uma das primeiras associações de moradores do Rio de Janeiro e o Movimento Pró Cultura da Zona Norte que transformou-se posteriormente, com a legalização, no Partido Comunista.
Deixei a empresa Souza Cruz em outubro 1986.
A terceira filha havia nascido no final de 85.
Eu tinha o grande projeto do Encontrarte, havia me submetido ao um processo terapêutico individual e me senti maduro para sair da empresa e me dedicar ao espaço cultural e à clínica.

O Encontrarte funcionou até final de 1989 e durante esse tempo meu consultório funcionou lá em uma das três casas que abrigavam e espaço cultural.
Durante esse período participei ativamente de vários cursos vivenciais: Biodança por 5 anos, Consciência Corporal, 3 anos, Artes integradas, 3 anos. Tai Chi Chuan 4 anos
Com o encerramento do Encontrarte fiquei trabalhando no consultório que passou a funcionar num prédio na Praça S. Peña/Tijuca.

No início dos anos 90 iniciei uma formação em Terapia Floral e fiz cursos individuais e depois a formação junto a UERJ /Inst. Bras. de Estudos Homeopáticos/RJ nos sistemas Florais de Bach, Califórnia, Minas, Austrália e Deserto.

Com a formação e pratica supervisionada passei a atuar como Terapeuta Floral. (A Supervisão do curso era do psicólogo clínico Hércoles Jaci /BH)
De 1998 a 2001 trabalhei junto à Assessoria de Apoio aos Projetos de Capacitação Solidária. Foram aproximadamente 30 projetos sociais, assessorando comunidades no município do Rio e no interior do estado. Era responsável por uma consultoria psicopedagógica junto aos projetos das ONGs que atuavam nas comunidades. Trabalhei nesta época ativamente junto a estas comunidades.

Em 2003/2004 fiz o Curso de Pós Graduação em Arteterapia na Universidade Cândido Mendes.

Holística
No que se refere ao meu interesse pela holística, isso vem de longa data. Na década de 80 fiquei sabendo do ICHI( 1º Congresso Holístico Internacional) e me apressei a escrever ao psicólogo Roberto Crema um dos coordenadores do Congresso juntamente com Pierre Weil; Na época Roberto me respondeu e sugeriu que eu procurasse a “Betinha”( Psicóloga Elizabeth Richard).
Cheguei a procurá-la mas não dei continuidade por dificuldades que enfrentava na época. Nesta época eu já havia lido alguns livros do Pierre Weill especialmente a Cartografia da Consciência Humana.
Posteriormente, quando o Campus da Unipaz Rio foi inaugurado, cheguei a fazer uma entrevista com Gloria Sobrinho para ingressar na segunda turma , mas a minha iniciativa não foi adiante.
Através dos livros do Roberto Crema, Pierre Weil e de Jean Yves Leloup, sempre fiquei muito impressionado positivamente com o CIT ( Colégio Internacional de Terapeutas). Muitos clientes acabaram fazendo a formação Holística por indicação minha. Tentei mesmo fazer o curso do Roberto Crema na casa da Gávea, mas também não aconteceu.
Finalmente em 2006 me matriculei na 12ª Turma de Formação Holística de base tendo o CIT como meta.
Participei também do Curso “Cuidar do Ser” (2006/2007) ministrado por Roberto Crema e do grupo de estudos quinzenal na UNIPAZ com o objetivo de estudar e aprofundar essa modalidade de prática terapêutica.
Ainda nesta época o psicólogo e padre ortodoxo, um dos fundadores da UNIPAZ, Jean Yves Leloup, criou um “Mosteiro Terapêutico” se é que assim podemos chamar o local em Teresópolis, criado por ele, que abrigava uma capela ortodoxa, um centro de estudos, um projeto social e uma comunidade terapêutica, com o nome de Terra da Trindade.

Neste local, por dois anos (2007/2008) frequentei e participei das atividades que envolviam o estudo da obra de Jean Yves, a prática dos terapeutas de Alexandria, segundo Filon, atividades de formação em meditação Hesicaste e estudos com vista a formação e ingresso ao Colégio Internacional de Terapeutas( CIT).
Ainda no períododesde 2015 até os dias atuais venho participando dos retiros com Jean Yves Leloup.

Posteriormente a esta experiência acabei reencontrando a Psicóloga Elizabeth Richard, que me fora indicada pelo Roberto Crema em 1989 e comecei com ela uma serie de workshops em Psicologia Transpessoal.( 2009)

Profissionalmente, desde 2010 integro junto com a minha esposa( Orquídea Calderon) e uma outra profissional de Psicologia (Rosana Rocco) o “ Atelier Terapêutico” que promove workshops de terapia artística e trabalhos vivenciais de experiências terapêuticas.

CIT- Colégio Internacional dos Terapeutas

Em 2016, mais precisamente em outubro de 2016 apresentei minha monografia, a anamnese essencial e fui acolhido pelos terapeutas do CIT, ingressando assim no colégio como Terapeuta Clinico.
O CIT segue os princípios dos terapeutas de Alexandria ou terapeutas do deserto como descreveu Fílon de Alexandria

Depois de aproximadamente 40 anos do início da era cristã, Fílon, um eminente filósofo judeu, que defendeu os interesses judaicos junto à corte de Nero, escreveu sobre os hábitos de vida e o pensamento do que teriam sido as primeiras comunidades cristãs.
Eles viviam no Egito, nas imediações de Alexandria, uma das cidades mais importantes dos primeiros tempos do movimento cristão, bem antes da constituição, em Roma, de uma religião dita cristã, com pretensões a ser universal.
Nessa comunidade, homens e mulheres acorriam para se preparar para uma vida mais verdadeira, mais elevada, sendo tratados da mesma forma, embora houvesse um muro que os separasse. Todos ouviam as mesmas palestras, podiam estudar os mesmos textos e procuravam ter os mesmos hábitos de comportamento. Para os padrões judaicos de então, isso era algo impensável, mesmo porque praticamente até o século 20, as mulheres não eram admitidas, conjuntamente com os homens, ao estudo e discussão dos temas mais pungentes da vida, recebendo educação exclusivamente no lar e para o lar.
Esses "terapeutas", como se chamavam, também liam textos judaicos, além de outros que Fílon não reconheceu, pois não os conhecia na verdade – tudo indica fossem textos cristãos.
Buscavam ser comedidos no falar, no comer e no beber. Prezavam as virtudes do coração e da mente. Contudo, o que mais os distinguia era a preocupação com o ser, para o quê isolavam-se na comunidade para melhor aprimorarem-se nesse mister.
E o que seria cuidar do ser? Cuidar de si, do próprio corpo, e dos outros. Seriam eles devotados a alguma forma de medicina alternativa da época? Sim e não. Se por medicina entendermos o cuidado com a saúde do corpo, buscando nele mesmo a origem das doenças, os terapeutas de Alexandria não eram médicos, enfermeiros. Entretanto, se por medicina entendermos a preocupação com a saúde do corpo, entendendo-a como efeito da saúde da alma, então eles exerciam sim uma forma de medicina, identificando a origem dos males físicos nos hábitos de comportamento e valores morais. Viam as doenças orgânicas como consequências dos desequilíbrios da alma. A ira, o ódio, a inveja, a cobiça, as fobias, a tristeza, a desorientação do desejo, o apego ao prazer, a inconformação e a ignorância, entre outras coisas, eram tidos como a origem das doenças em geral, procurando-se orientar o comportamento, tendo em vista a manutenção da saúde integral, de corpo e de alma.
O que distinguia ainda mais os terapeutas era o exercício de vida que continuamente buscavam. Adestravam-se para ver em cada um, fosse quem fosse, uma manifestação do Ser, a presença divina, em tantas formas de existência. Esmeravam-se em procurar as necessidades relativas, não propriamente à personalidade de cada um, mas ao que de fato necessitava o ser universal para se desenvolver plenamente.

Espiritualidade:

Com relação à minha formação espiritual, nasci católico e permaneci assim até a idade adulta. Na adolescência atuei junto a movimentos de Juventude, na época muito envolvidos com o movimento político. Participei da JEC que tinha D. Helder Câmara como diretor espiritual até que ele foi transferido do Rio de Janeiro. Nos anos 60 quando tínhamos na época de Dom Jaime de Barros Câmara uma atuação pastoral junto aos mais necessitados, fruto da influênca de Dom Helder Câmara, quando foi bispo auxiliar do Rio de Janeiro. Mas tudo se acabou com o AI-5, que encerrou essa fase da minha vida compulsoriamente.

Seguiram-se anos de pouco interesse pela espiritualidade, até que nos anos 80 descobri a Sociedade Teosófica onde fui membro palestrante, e diretor de Rel. Públicas na Loja Rio de Janeiro. Permaneci por 8 anos na ST. Lá dei meus primeiros passos em direção à meditação.

Seguiu-se a isso uma fase espírita, de muito estudo e desenvolvimento espiritual, até que em 1999 por uma questão aparentemente relacionada com o plano espiritual eu retornei à ICAR.
Um ano depois desse retorno, de uma maneira rápida e aparentemente de forma pouco comum, fui convidado para fazer um curso preparatório e depois juntamente com outras pessoas, fui investido pelo cardeal D. Eugênio Salles como Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística. Mais tarde fui integrado a um grupo que tinha como objetivo reavivar o grupo de Missionários Leigos Redentoristas, fui também coordenador pastoral e por último fui eleito membro do conselho Paroquial da Igreja de Santo Afonso na Tijuca.
Fiz nesta época o curso básico de Teologia no Centro Loyola de Fé e Cultura-PUC/RJ .
Tudo isso durou até 2004 quando as minhas divergências com algumas posturas rígidas da doutrina católica tornaram impossível a minha continuidade dentro dos movimentos e pastorais, especialmente depois da eleição do cardeal Ratzinger para papa.

Permaneço Cristão, mas não estou ligado a nenhuma pastoral ou movimento da igreja. Voltei a ser um cristão só nos bancos, não passo além da sacristia.
Estive durante o período em que frequentei a Terra da Trindade ligado à igreja Ortodoxa Brasileira.

Com a eleição do Papa Francisco, o desejo de retornar à ICAR foi crescendo cada dia mais. Por fim nesta ano de 2015 fui convidado pelo pároco de minha comunidade a assessorá-lo em assuntos ligados a psicologia e a teologia junto a algumas pastorais e movimentos.

Para fechar essa descrição e marcar esse ponto de minha caminhada de vida, escolhi um sonho que tanto se repetiu que virou poesia:

Balanço de vida

Sonho, na noite escura um caminho.
Busco, no horizonte Luz.
Corro a abraçar o tempo,
Onde crianças não estendam pedintes, as suas mãos.

Lanço-me ansioso, na luminosidade aparente...
Sigo, caminhar inseguro...
Vejo a encruzilhada do tempo:
Noite ou dia?
Contemplo uma nova aurora radiante.
Sinto a utopia longe, mas possível.
Creio viver um mundo novo,
Pleno de Paz, Luz, Amor.
Lá, onde não há mais amarras,
Onde mãos se estendem para dar
Onde não é preciso pedir...

Desperto!
Sacudo a cabeça
O sonho se esvai...
Com ele, a fraterunidade inquietante...

Contemplo,
diante do tempo:
Quanto ainda falta caminhar?

E para sintetizar, podem me chamar de "Zeh", mas com "agá",
por favor, para melhorar a vibração...risos

Creiam: Um outro mundo, novo e diferente é possível!

Namastê!

Shalom!

Awerê!

Salam !

Om Shanti !

AXÉ !

Paz! Paz! Paz!

Padroeiro

Escolho Francisco como Patrono do meu Blog.
Ele que foi capaz de desafiar as estruturas de sua época.É verdade que a igreja tentou maquiar a história, mas Francisco foi na época um revolucionário que enfrentou os poderosos e pela força do amor aos excluídos se impôs.
Nunca quis ser sacerdote.
Morreu triste por ter que aceitar uma regra imposta por Roma e por pressentir que sua comunidade caminharia por caminhos diferentes dos traçados por ele.Mas a força de seu infinito amor prevaleceu e atravessa os tempos.

"Bênção" Pai Chiquinho !