Primeiro os anos verdes, sentimento muito,
Mas pouco se sabe bem para quê.
Passa a vida...
Chegam os anos quentes,
e de uma quentura tanta,
que perigam queimar o pensar.
Busca-se, mas geralmente não se sabe o quê...
E a vida,
essa incansável passageira,
continua o seu passar...
E eis que se chega ao meio dela, a vida.
Os anos, nem quentes nem frios,
São mormaço úmido,
numa seqüência de outonos
de céus sem nuvens, expectantes,
de dúvida, se haverá noites frias de inverno.
E anos após ano se descobre que mais de uma década se passou
E é, neste ponto do caminho que parei para descansar...
O quê mais passará ainda, amiga vida?
Que a esperança, me seja sempre companheira.
Que as lembranças, não sufoquem a euforia da descoberta
da nova infância,que tenho certeza, já se pré-(a)nuncia no horizonte.
Ah, amiga vida, não quero perder essa oportunidade,
por nada deste mundo.
Quero poder recuperar a simplicidade e a ingenuidade,
depois de ter experimentado a experiência
e de ser merecedor da sabedoria.
Quero então me preparar, amiga vida,
para daqui há muitos anos, eu imagino e espero,
poder saborear o momento de feliz te agradecer,
e me despedir dando:
“Gracias a la Vida, que me há dado tanto...”
“Gracias a la Vida, que me há dado tanto...”
Nenhum comentário:
Postar um comentário